quarta-feira, 25 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Keoma (1976) - Resenha

  
  Quando eu tinha uns 10 anos, assisti um filme de western que ficou gravado pra sempre em minha memória. Atualmente não me lembrava mais do nome do filme, mas me lembrava que tinha um bruxa, uma crucificação, um parto… mas, em minha lembrança, era tudo tão distante e embaçado, que simplesmente não conseguia me lembrar de que filme se tratava. Sabia que o nome do filme era o nome do próprio personagem… mas, ainda assim, não sabia o nome. Bom, o tempo foi passando e, à medida em que fui crescendo, eu aprendi a gostar de tantos gêneros do cinema, que a grande verdade é que, mesmo sem intenção, o western ficou para trás. Raros eram os filmes que me agradavam no gênero, até que, recentemente eu me deparei com um dvd de “3 homens em conflitos” e fiquei perplexo pelo filme, que pertencia a um gênero ao qual mal dava valor. Assim, sendo motivado pelo filme de Sérgio Leone, eu me fiz o favor de me rebuscar no gênero western, e venho, desde então, assistindo a vários filmes. E, entre tantos filmes, ainda ficava me perguntando: onde está aquele filme que tinha aquela bruxa, a crucificação, o parto??
     Bom, basicamente não leio sinopse de filmes antes de vê-los. Gosto de ver os filmes sem ter idéia do que se trata. E, nesta noite de domingo, eu tive a oportunidade de ver Keoma. Pra minha surpresa, este era o filme que vagava pela minha lembrança. Estava tudo lá, a bruxa, a crucificação, o parto… e muito mais. Muito mais, mesmo! Também estavam lá um herói procurando um sentido para a vida, a intolerância dos irmãos de criação, a peste, um explorador de mão-de-obra barata, um pai que tenta criar todos os filhos com a mesma justiça, um ex-escravo que perdeu a sua identidade quando ganhou sua liberdade, o medo e outros pormenores… isto tudo laçado a uma música fantástica e um clima apocalíptico, digno de filmes de holocausto. Aliás, este filme poderia até ser encarado como se fosse uma realidade alternativa do oeste americano. O som do vento constante levantando poeira, a cidade quase morta, a bruxa que aparece do nada e parece que só o keoma a vê (aliás, tenho minhas dúvidas se a bruxa existia mesmo além da cabeça de keoma) dão ao filme um tom tão único entre os filmes de western, que aquilo mal dá pra ser encarado como oeste americano. Não há xerifes, não há mexicanos, não há confederados e nem exércitos da união (apesar de se citar uma guerra no filme, mas não se deixa nada muito claro). Referências shakesperianas, cristãs e de outras mitologias não faltaram. O nascimento, a morte… tudo em evidência e, o melhor, tudo sem respostas certas ou erradas… apenas coexistindo.
     Aliado a todas estas grandes idéias do filme, o diretor, Enzo G. Castelari, faz um trabalho soberbo com câmeras lentas e ângulos de câmeras. Destaque para a cena onde keoma treina tiros com o pai (a câmera visualiza a cena através de cada buraco que as balas fazem no alvo); para a cena da briga com um dos irmãos, em que vemos a briga caminhando através das frestas de uma cerca; para a postura de briga ridícula do próprio keoma nas cenas de luta, que demonstra que ele lutava com coração e não com técnica; para a cena onde ele conta os inimigos e a câmera capta de um ângulo onde para cada dedo que keoma abaixava, ficava em evidência o inimigo contado; e para a técnica de flashback que se passava na frente do próprio artista em tempo real. Isto são sutilezas de um diretor que realmente sabe fazer seu trabalho. E olha que eu nem comentei dos dramas das câmeras lentas aliadas à dramática canção do filme.
     Não posso falar que este filme é melhor do que os grandes figurões do Western spaghetti… mas é um filme que traz nuances que muitos outros nem sequer imaginaram usar no gênero. Com certeza, um dos últimos e mais poéticos (e sensacionalistas) suspiros  do western spaghetti no cinema.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

10 coisas que eu odeio em você


1. Odeio o modo como fala comigo e como corta o cabelo.
2. Odeio como dirige o meu carro.
3. E odeio seu desmazelo.
4. Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
5. Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
6. Eu odeio como está sempre certo.
7. E odeio quando você mente.
8. Eu odeio quando me faz rir muito, e mais quando me faz chorar.
9. Eu odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar.
10. Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar.
Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

... nada é melhor...

do que perceber que ainda lhe resta muita força após uma queda...


Eu caí... fiz mals julgamentos... mas agora é hora de recomeçar tudo de novo!!! E mais forte do que antes...


"o que não te mata, torna-te mais forte" - Nietzsche


segunda-feira, 2 de maio de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

... random talk


­Ronan diz:
    [00:58:14].... minha mãe não se lembra como faz torta de abacaxi e eu nunca esqueci o seu sabor
­Flávia diz:
    [00:58:15] ­falar qualquer besteira a esmo constrange gente boba
­Ronan diz:
    [00:58:54] ­as vezes o lápis quebra a ponta, as vezes eu quebro o lápis as vezes a escrita me quebra
­Flávia diz:
    [00:59:58] ­o tempo trás desespero. o desespero trás a confirmação q o tempo sempre acaba
­Ronan diz:
    [01:00:21] ­miojo em três minutos = miojo cru
­Flávia diz:
    [01:00:56] ­foto de aniversario das antigas me mata de rir
­Ronan diz:
    [01:01:58] ­eu não faço pedidos quando vejo estrelas cadentes
­Flávia diz:
    [01:02:35] ­gato preto ainda me mata de medo...
­Ronan diz:
    [01:03:05] ­o olhar me vale mais do que a cor dos proprios olhos
­Flávia diz:
    [01:03:45] ­pão qdo cai sempre cai com a porra da manteiga pra baixo
­Ronan diz:
    [01:05:35] ­a pior giria que ja ouvir alguem dizer é "supimpa"
­Flávia diz:
    [01:06:01] ­angie dos rolling stones me faz chorar
­Ronan diz:
    [01:06:16] ­há sempre uma sombra na ausencia de luz
­Flávia diz:
    [01:07:12] ­descobri que ateu pode ter coração mais generoso que mt cristao
­Ronan diz:
    [01:07:59] ­cabeça erguida...
­Flávia diz:
    [01:09:17] ­se vc soubesse o medo q eu tenho do escuro...e o mal q o sol me faz
­Ronan diz:
    [01:12:12] ­na imensidão do universo e na vastidão do tempo é uma honra pra mim compartilhar este mesmo mundo e instante com você.
­Flávia diz:
    [01:13:44] ­pessoas são como diamantes...uns lapidaveis e outros brutos. mas ainda sim, um grande tesouro qdo encontrado
­Ronan diz:
    [01:14:01] ­tudo que sangra... morre.
­Flávia diz:
    [01:14:24] ­frase brega tbm tem seu lugar as vezes...rsrss
­Ronan diz:
    [01:15:13] ­california dreams, eu nao sei porque, mas eu tinha que falar "california dreams"
­Flávia diz:
        [01:15:49] ­morfeu me pega sempre.. ja ta me abraçando aki
­Ronan diz:
    [01:16:24] ­um grande passo pra humanidade, um pequeno veneno... pra cada um de nós
­Flávia diz:
    [01:17:19] ­bin laden seduz squisofrenico!
­Ronan diz:
    [01:17:58] ­thor só ajuda a quem ajuda a si mesmo
­Flávia diz:
    [01:19:03] ­o orkut esta popularizando armas de dedos indicadores, tomara que substituam as de verdade
­Ronan diz:
    [01:22:15] ­sei que eu sumo... ou que pareço estar distante... mas... poucas pessoas tem tanto espaço em meu peito... como eu cedo pra você.
­Flávia diz:
    [01:23:13] ­sempre que escuto "carona agente pega e não sabe onde vai parar" lembro d ti
­Ronan diz:
    [01:23:30] ­meu coração nem bate... soh apanha.
­Flávia diz:
    [01:24:07] ­vamos falar de um assunto polemico...mamîlos... rsrsrsrs
­Ronan diz:
    [01:24:55] ­é duro a dor do parto.... mas eu tenho que partir....
­Flávia diz:
    [01:25:09] ­PUTA Q PAREEEEEEEEEEUUUUU...

terça-feira, 29 de março de 2011

vivendo sem a venda....

O texto abaixo foi produzido por Marina, uma colega minha da comunidade "Ateus do Brasil". Espero que gostem como eu gostei!!!





Vivendo Sem A Venda

    Foi como se, durante toda a minha vida, eu tivesse vivido com uma venda nos olhos. Eu sempre tive vontade de ver além da venda, mas as pessoas que me cercavam me diziam que no mundo havia muitas coisas horríveis e que eu teria elas como parte da minha vida se eu a tirasse; então por muito tempo eu só conhecia o que me contavam sobre o mundo. Até que não pude mais aguentar. Começou com um sentimento de hipocrisia, por estar vivendo com a venda e sem estar feliz com ela. E, quando me falaram que, além das coisas más que eu teria que ver se tirasse a venda, havia coisas maravilhosas que a venda não me permitia ver, eu não pude mais viver com ela. Ao tirar, eu surpreendi a todos que falei que não a usava mais: eles não podiam perceber, porque ainda a tinham nos olhos. Não gostaram da minha atitude e me julgaram por querer viver uma vida diferente da deles. Mesmo assim, minha atitude valeu a pena: ao mesmo tempo em que as fantasias que me eram contadas enquanto estava cega se desmancharam, uma realidade maravilhosa se fez presente: a realidade de que eu não precisava fechar os olhos para encontrar a beleza, que eu não precisava fingir viver sem o mal para poder praticar o bem, a realidade de que, se há coisas horríveis para se ver e uma realidade chocante quando se tira a venda, também percebe-se a bondade das pessoas, o mundo e o universo muito melhor sem que um pano esteja a obstruir sua visão.

Marina M. Oliveira

...

"Não me importo com o que existe além da morte. Tanto pode ser a escuridão em que acreditam os céticos nemédios, o reino de gelo e nuvens onde vive Crom, as planicies geladas e os corredores fechados da Valhala nos quais creem o povo de Nordheim. Eu não sei, não me importo. Preciso viver intensamente enquanto posso. Quero experimentar os ricos sulcos da carne vermelha e o vinho picante, o aperto quente de braços de marfim, a loucura do triunfo na batalha quando as laminas azuladas queimam e se tingem de vermelho. Isso basta para me alegrar. Que os mestres, os sacerdotes e os filosofos meditem sobre as questões de realidade e ilusão! De uma coisa eu sei. Eu vivo, eu amo, eu mato, eu sou feliz assim." - Conan


acho que sou um aborradulto...

Ouvi recentemente que dou aula pra aborrecentes... hummmmm... então provavelmente devo ser um aborradulto.... pois adoro eles!!

Um abraço a todos os meus alunos!!!!


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

minha meretriz...





Guinevere sentia pela primeira vez o peso do pecado. O seu remorso não era para com sua fé nem sequer para qualquer divindade... mas sim para com a pessoa mais incrível que já conheceste e a qual traiu. Nos seus olhos estavam estampados a tristeza de uma dor muda que acomete a quem fere quem ama. A sociedade a julgou e a conclamou como meretriz, mas nem tal estigma a abalou, na verdade Guinevere é uma força tão desafiadora que não é um alarido ou um uníssono de uma multidão que faria a derrocada de seu orgulho e vaidade. Sua verdadeira derrota veio de uma forma muito mais singela, na concreta constatação da dor que causara escorrer pelo rosto do homem que era dono de um reino, de uma espada... e também dono do coração de uma forte mulher... mas que também pecava.


“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” (Nietzsche)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

sobre a valorização artistica no Brasil...



Bom... acho que o buraco é tão fundo que não acredito ver valorização da arte ainda em minha existência. O "sistema" em si atua de forma silenciosa impregnando escassez e excessos e escravizando pessoas em míseros salários de árduos serviços e diversão imediata (pão e circo... que pé no saco...). Neste meio caminho... a maioria simplesmente se entrega a qualquer satisfação instantânea como um recurso de felicidade rápida promovendo, na maioria das vezes, apenas a vaidade física e a banalidade sexual. É um ato extremamente violento contra a arte e filosofia. Jogadores de futebol recebem salários absurdos, musicas de qualidade duvidosa ganham mais e mais espaço nas rádios, programa de televisão necessitam cada vez mais de dançarinas seminuas e, querendo ou não, o público é o verdadeiro culpado. Alguns anos atrás a “Folha de São Paulo” acusou que os paulistas gastam em média apenas 0,25 centavos mensalmente com leitura. Putz... mensalmente!!! Enquanto isto, cd piratas são vendidos aos montes na simples bagatela de 1,00 ou 2,00 reais... preço mais do que justo... uma vez que boa parte da qualidade da música do brasil não teria direito de valer muito mais do que isto.
Fazer sucesso no Brasil nem é difícil... não precisa de inteligência, nem de emoção... basta ter excesso... “em excesso até fracasso faz sucesso por aqui”... não é a toa que eu vejo tantos bons artistas acreditando na “força do silêncio”.
A alienação tomou conta, a arte de pensar parece sem graça demais... parabéns aos políticos que conseguiram um leito pleno para ajustar seus salários da forma que eles bem entenderem...

uma única ficha...




Existem chances de tudo dar errado...
Da gente nunca se encontrar...
Da palavra nunca virar ação...
Do sonho nunca se tornar realidade.

Existem chances de realmente estarmos iludidos.
Do gene egoísta vencer
Da sede ser maior que a fonte
Do caminho andar em círculos

Existem chances do ser preceder a existência
Do futuro não chegar a tempo
Do passado não ter sido o suficiente
Da vida não ter sentido

Existem chances da solidão ser fiel
Do acaso ser nossa sorte
Da crença ser inválida
Da realidade não ser justa

Existem chances da dor virar marca
Da marca transformar caráter
Do réu ter sido vítima
Da razão virar raiva

Existem tantas chances... tantas apostas... e uma única ficha.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

valeu belinha...





Hoje, infelizmente em um acidente, meu pai atropelou uma das gatas de minha mae (ela entrou na frente do carro). Faleceu na hora. Era a gata mais velha da casa... ela tinha um problema sério de saude... necessitava de remédios todos os dias. Acabou morrendo em um acidente. Desespero total de todo mundo.. e muito choro.

O nome dela era Belinha...

Valeu belinha... Vc foi tão importante para cada um de nós nesta casa... que... sua partida realmente doi muito... mas... ao inves de pensar em como vc morreu... prefiro ficar com as boas lembrança de como vc viveu!!! Obrigado por tudo!!! Sei que somos uma familia mais feliz por termos tido a felicidade de ter tido vc ao nosso lado!