segunda-feira, 30 de julho de 2012





"Se for verdade que todos viemos do centro de uma estrela, cada átomo em nós veio do centro de uma estrela, então somos todos a mesma coisa. Mesmo uma máquina de refrigerante ou uma ponta de cigarro é feita de átomos que vieram das estrelas. Todos foram reciclados milhares de vezes, como eu e você. Portanto, o que há lá fora é simplesmente EU, não há o que temer, não há com o que se preocupar. Então o que temer, pois tudo somos nós!


Nós fomos separados por termos nascido, recebido um nome e uma identidade. Fomos separados da Unidade, e isso é o que a religião explora: as pessoas tem esse anseio por fazer parte da Unidade de novo, e isso é explorado, batizam-no de Deus, dizem que ele tem regras, e eu acho isso cruel. Acho que você pode fazer isso sem religiões.


Um visitante extraterrestre que examinasse as diferenças entre as sociedades humanas, acharia essas diferenças triviais quando comparadas às semelhanças. Nossas vidas, passado e futuro estão ligados ao sol, à lua e às estrelas. Nós vimos os átomos que compõe tudo na natureza e as forças que esculpiram esta obra e nós, que possuímos os olhos, ouvidos e sentidos locais do cosmo, começamos a imaginar nossas origens… Poeira estelar contemplando as estrelas, grupos organizados de bilhões e bilhões de átomos,
contemplando a evolução da natureza, traçando o longo caminho pelo qual se chegou a consciência aqui na Terra.


Devemos lealdade às espécies e ao planeta. É nosso dever sobreviver e progredir, não só por nos mesmos, mas também pelo vasto e antigo cosmos de onde viemos.


Somos uma espécie.

Somos poeira estelar se nutrindo da luz das estrelas."

- George Carlin

sexta-feira, 20 de julho de 2012

falando de dor...





***este texto surgiu em resposta aos comentários no post anterior.

Mas com o tempo, Carmélia, eu estranhamente aprendi a selecionar quais sentimentos se deve cultivar. Alguns... mesmo que inevitavelmente surgem em seu gramado... simplesmente não valem a pena serem regados.


Outro dia uma colega minha me procurou para sair e conversar. O namoro tinha terminado... e ela nao tava lidando bem com isto. E assim saimos... ela, uma amiga dela e eu. Sentamos numa mesa e ela começou a revelar as magoas e dores. Tudo bem. Normal. No final a amiga começou a falar coisas do tipo: -foi melhor pra vc!! Ela (a ex-namorada da minha amiga... sim, namorada... isto mesmo) é má. Ela fez vc sofrer. Ela fez isto... fez aquilo. Foi sorte sua que vc saiu disto e blablabla...

e eu fiquei calado.

Em um determinado momento me perguntaram: - Não é mesmo Ronan?? - e eu respondi: - Não acho que seja. Não acho que ninguém desta historia tenha agido intencionalmente querendo fazer mal a alguém. Não acho que ela seja má e que se relacionou contigo só para te fazer sofrer. Não acho que ela quiz te enganar ou mesmo tenha planejado tudo premeditadamente... muito pelo contrário... acho que ela realmente acreditou em tudo que vcs duas poderiam viver... e foi por isto que se arriscou e se relacionou. Hoje talvez ela tenha descoberto que foi um erro...mas aposto que errou sem nunca querer te magoar. Sei que dói. E a gente tem a reação natural de revidar aquilo que nos provoca dor... de achar que aquilo é ruim... maligno e tal... mas a grande verdade é que são simplesmente pessoas como outra qualquer. Que as vezes apostam sua fé em algo... e o algo não decola. Vcs namoraram 2 anos. E eu não acredito que tenha sido 2 anos de mentiras.

A amiga me interrompeu e me protestou: -Mas se ela (nossa amiga) é a vitima, quem é o culpado do crime? Hein?? Quem é o culpado??

O engraçado é que esta pergunta parece lógica e a resposta mais óbvia ainda... porém, matemática simples não funciona bem quando se pensa em relacionamentos. E eu respondi: - culpado disto tudo que ela sofre agora... é sua própria e bela capacidade de amar. O amor provoca o mais belo sorriso... mas também provoca a mais profunda dor. Alíás, é exatamente a sua capacidade de sofrer que vai determinar o quão belo e sincero pode ser seu sorriso.

e todo mundo ficou calado... rsrssrs

Falando de dor... parece que o amor não vale a pena. A dor automaticamente ativa recursos em nós de auto-defesa. Assim a gente sente raiva, ódio, depressão... em alguns casos as pessoas até revidam de forma fisíca e blablabla... mas... se vc só amar... e começar a cultivar em seu peito que tudo foi e é por amor. Todos os sentimentos "ruins" murcham... e todos os realcionamentos tristes ou não.... passam a valer a pena.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

por trás daqueles olhos...



Por trás daqueles olhos negros havia um passado inesquecível. De amor, ódio, raiva, paixão, calma, entrega e posse. Ela nunca teve totalmente controle sobre o que realmente sentia. Mas, verdade seja dita, ninguém tem. Para alguns o amor é a vingança, para outros uma posse, e para raros... liberdade.

Particularmente prefiro o amor como liberdade. Porque assim, quando eu tiver que chorar, chorarei por algo que realmente vale a pena. Isto não me livrará da dor. Mas... me fará ter orgulho de cada lágrima.

Amar pela liberdade é respeitar cada fim que a historia chegar. Quer goste ou não. Em alguns inevitavelmente chorará... em outros... irá sorrir. E o mais importante, estará sempre acima da raiva, ódio e vingança.

Por trás daqueles olhos negros havia um passado inesquecível. A questão é... qual sentimento irá ficar?


quarta-feira, 18 de julho de 2012

hoje eu chorei...




Hoje eu chorei... sem saber porque chorar.
Chorei pelas historias erradas...
Chorei pelas historias certas...
Chorei pelos que encontrei no caminho...
Chorei pelos que me deixaram para trás...
Chorei pelos que andavam comigo...
Chorei por aqueles que nem conheci...
Chorei pela falta de sorte...
Chorei pela sorte em excesso...
Chorei por aqueles que choravam...
Chorei por aqueles que sorriam....
Chorei por aqueles que são escravos...
Chorei por aqueles que são prostitutos...
Chorei por aqueles que sentem...
Chorei por aqueles que nada sentiam...

Hoje eu chorei... talvez porque eu queria chorar.

Algo parece quebrado em mim... e eu não sei consertar.

domingo, 15 de julho de 2012

Divisão




Dividir um universo
Dividir uma galáxia
Dividir uma constelação
Dividir uma estrela
Dividir um planeta
Dividir um espaço
Dividir um tempo
Dividir um recurso
Dividir um alimento
Dividir um conhecimento
Dividir uma emoção
Dividir uma música
Dividir uma dor
Dividir um sorriso
Dividir um olhar
Dividir um orgasmo
Dividir uma oração
Dividir tudo contigo.
Dividir pela nossa união.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

...




"Ontem abri uma pasta no computador e percebi porque é que as palavras nunca me responderam quando o assunto eras tu... elas precisam de ti  para continuar a existir nas minhas mãos. Tão simples...
Vi que todos os meus desabafos metafóricos são inspirados em qualquer coisa tua. Sem querer...
No colarinho. No cordão desapertado. Na confusão traduzida em histórias... no ridículo. 
Conhecer-te foi a maior das inspirações. É a maior das descobertas de mim para mim. 
Conhecer-te desconstruiu tudo o que eu sabia ou pensava saber, e é disso que nascem os meus textos. Do desmoronar , da porcaria da fragilidade que eu não sabia que tinha.
Conhecer-te podia ter sido um erro. O maior dos erros. Mas foi a maior das inspirações... foste o pão na boca das minhas palavras!  E por isso, só por isso,  está explicado...
E raios partam se não valeu a pena.
E raios partam se eu não queria conhecer-te mil vezes,  só para poder escrever tudo outra vez."

Trecho de um lindo texto escrito por Elza Cordeiro originalmente em: http://cegosurdoemundo.blogspot.com.br/2012/07/perguntei-mil-vezes-as-palavras-porque.html#comment-form

vale a pena ler o original por inteiro.

acorde.





as vezes me parece que as pessoas no geral estão adormecidas...
não pensam... não elaboram... não criam.... e nem questionam.
apenas fazem diaramente seu papel de formiga operária na sociedade
dia após dia...


eu vejo além disto e sei que você também pode acordar.


Livre-se de seus dogmas.
Livre-se de seus paradigmas.
Encare a natureza como ela realmente é, com suas leis físicas, biológicas e químicas.
Encare o ser humano como um ser ligado a natureza.
Respeite sua natureza.
Não se torne escravo do dinheiro e de bens materiais.
Se questione a quem suas crenças realmente favorecem.
Se questione a quem sua política realmente favorece.
Se questione sobre o que você realmente faz de bem pelo todo e não apenas para você.
Não se permita esquecer que a miséria do outro também é nossa culpa.
Não tenha medo de compreender e ser você.
Não tenha medo da nossa insignificância e curta existência.
E abrace cada causa humana como o único sentido humano que realmente pode existir.

Acorde.

terça-feira, 10 de julho de 2012

eternamente hoje...




Hoje eu quero te levar para um sonho.
Te dizer as coisas mais lindas com um olhar.
Ensinar o que sei como se fossem desenhos.
e aprender contigo pelo simples respirar

Hoje eu quero te fazer a guria mais feliz do mundo
me desfazer em mil palavras para você juntar
Sentir o prazer e calma de ser demasiado humano.
e encontrar no sim uma nova forma de mudar

Hoje eu quero encontrar em ti um pedaço de mim
Te desmanchar em beijos e com toques te remontar
segurar a sua mão durante a ultima oração
e transforma minha carne em seu coração para te salvar

Hoje eu quero ser seu sentido de mundo
te ouvir a tudo que tem para reclamar
Lhe mandar um SMS mesmo estando do seu lado
e perguntar se hoje eu já disse lhe amar.

Hoje eu quero controlar o tempo
o passado esquecer e o futuro não importar
Te pedir a mão além de casamento
e para terra do nunca te levar.

Hoje eu quero a certeza que nós somos eternos...
e que o nosso hoje nunca iria acabar.



"difícil não é lutar pelo que se quer.... e sim desistir daquilo que mais ama." - Bob Marley.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Havia algo...




Havia algo nos olhos dela a qual eu quis evitar. Pareciam querer me dizer algo... mas eu simplesmente não sabia se devia olhar. Parte de mim queria ser toda atenção a ela... a outra parte... tinha medo de simplesmente estar incomodando.

Então fingi que nada acontecia...

Mas... será mesmo que algo acontecia? Ou será que era só minha imaginação me atormentando.


Havia algo no olhar do Sol de Junho... a qual não consegui decifrar.

domingo, 8 de julho de 2012

Cosmic Dancer



Eu dançava quando era criança.
Eu dançava entre capins e lamas
Eu dançava  na cama elástica
e também  dançava pela corda bamba

Eu dançava quando era idoso
Eu dançava quando estava na lua
Eu dançava enquanto sonhava
e também dançava além da rua

Eu dançava entre as pessoas.
Eu dançava entre redes
Eu dançava 32 horas por dia
e também dançava pelas paredes


Eu dançava quando estava vivo
Eu dançava quando estava morto
Eu dançava quando as janelas fechavam
e também dançava pelo desconforto


Eu dançava com meus amores
Eu dançava quando iam embora
Eu dançava desde muito antes
e também dançava durante, depois e agora

...




Eu transformo minha vida em conto de fadas...
Todos os dias!!!

sábado, 7 de julho de 2012

sim.



Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer vencer... e sim se divertir.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer impor... e sim convencer.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer acumular... e sim dividir.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer aprisionar... e sim libertar.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer punir... e sim perdoar
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer ter raiva... e sim sorrir.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer vingança... e sim esquecer.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer destruir... e sim preservar.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer guerra... e sim paz.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer desistir... e sim ter esperança.
Existe em cada um de nós uma pessoa que não quer odiar... e sim amar.


Liberte este sim... Seja você a mudança.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

livre




Quando me perguntaram se eu realmente havia perdido tudo que eu sentia pelo meu Sol de Junho... eu percebi que não tinha me feito entender direito. Na verdade eu não perdi nenhum sentimento que tenho aqui... eu apenas aceitei que o sol é livre para ir. E que qualquer insistência que eu poderia fazer para que o sol ficasse... iria doer.... tanto em mim... quanto no sol. Eu jamais quero machuca-la...

assim...

"as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as tive".

Se um dia ela voltar... significará que realmente existe em nós um objetivo. Caso não volte... significa que eu estava simplesmente enganado. Espero e desejo que volte... mas... que volte apenas se quiser assim...



"Há qualquer coisa no olhos que se vêem pela primeira vez. Eu não sei o que é, mas há.

No desprotegido dos ''esbarro''e dos embaraços. Na timidez do ficar quieto, na fuga rápida e instintiva.
Há qualquer coisa de mágico e de cliché do ver ao mesmo tempo. Ainda que não passe disto, que seja só isso. 
Há qualquer coisa de tão pouco e de tão pequeno que não tem mais nada para dizer. Para escrever.

Há qualquer coisas nos olhos que se vêem e que ninguém vê. Que ninguém diz... 
Há qualquer coisa nos olhos que se vêem. Que eu não sei o que é....e que hoje não deixa dormir. "



Eu também sinto isto Elza... eu também sinto.

A arte de ensinar...




Já algum tempo que esta analogia vem circundando em minha cabeça. Dar aulas é, de muitas formas, parecido com tocar guitarra. Claro que nunca experimentei todas as modalidades de ensino e claro que não sou um exímio guitarrista. Mas, em relação aos meus 10 anos de ensino médio (onde eu pratico o exercício) e meus 15 anos de guitarra... posso dizer claramente que sinto um analogia entre os dois mecanismos.

Tudo que eu vou escrever aqui é, de certa forma, uma visão simplista de ambos os processos, mas, servirá para dar suporte ao ponto que eu quero chegar.

Para se tocar guitarra 3 coisas são essenciais. O talento, a teoria e a dedicação. Se o cara tem em alto grau todos os 3 ingrediente citados... ele muito provavelmente será um exímio guitarrista. Mas... precisa-se destacar que talento e teoria podem ser conflitantes entre si. Sim. As vezes, quando o talento se sobressai, a teoria pode ser simplesmente abandonada em prol da leitura sensível que o guitarrista conseguir exercer sobre a música. Assim, ele consegue se desviar de caminhos teóricos e ainda assim fazer uma belíssima apresentação com sua guitarra. É exatamente o talento, a sensibilidade de "improvisação", de fugir das regras teóricas, que faz certos guitarristas serem únicos e inesquecíveis.

Mas não estou querendo simplesmente falar mal da teoria. Esta também é muito importante. Principalmente para aqueles que carecem de talento sensível a musicalidade. Quando o guitarrista se encontra ali, com a banda tocando, e ele não tem sensibilidade o suficiente para com o instrumento e para com a música... só uma coisa o salva. A teoria. E o salva bem, diga-se de passagem. A teoria musical consegue dar ao guitarrista o caminho e soluções que se deve seguir dentro da música para que ela simplesmente soe bem.

Este dois fatos apresentados geram uma eterna discussão entre guitarristas conhecida como: "feeling" vs "técnica". Apesar de todos saberem da importância da técnica, a maioria esmagadora concorda mesmo que, se você tem feeling o suficiente, deve deixar o feeling sobressair a técnica.

Não muito distante, 3 coisas também são essenciais à um professor. Talento, a teoria (pedagogia) e a dedicação. Alguns professores, mesmo sem conhecer os métodos pedagógicos em si, dão brilhante aulas. Outros, abrem mão do próprio método pedagógico em prol de uma leitura sensível que ele faz na sala para simplesmente adaptar sua aula da melhor forma. É este talento que gera grandes palestrantes e grandes professores. A capacidade de fazer uma leitura sensível de sua platéia. É talento. Dom. Quando isto falha, as teorias pedagógicas são os melhores recursos para se encontrar no "palco". Mas... assim como os guitarristas... não se deve sobrepor o talento com a técnica. A teoria pode ajudar, mas também pode limitar um professor com habilidade para ir além. E isto é algo que todos os pedagogos e suportes de pedagogia deveriam entender. Dar aula é uma arte. E não se pode de forma alguma coibir um artista simplesmente em prol da técnica.

Sobre a dedicação, claro, nem é preciso muito falar. Sem ela basicamente não há talento ou mesmo tecnica que se resita. Seja professor ou mesmo guitarrista.

Assim... eu sorri.




Quando tudo deu errado... quando o serviço virou uma piada... o salário uma gorjeta e o romance apenas uma ilusão... eu decidi sentar na calçada olhar a lua e sorrir. Confesso que foi um pouco difícil no início... mas me forcei a isto. Minha felicidade tem que ser mais cara do que a falha das coisas ao meu redor. E eu não estou a vende-la e muito menos a entrega-la barato.

Para o serviço... eu mando um carinhoso "vai a puta que pariu"...
Para o salário... eu boto fogo em algumas notas...
Para o romance... eu simplesmente desejo toda sorte em seu caminho e que ele seja milhões de vezes melhores do que poderíamos ter sido.  O que eu acho muito difícil.

Assim... eu sorri.

quinta-feira, 5 de julho de 2012




Boa noite Sol de Junho... Quem tenha paz em cada hora do dia em seu coração. Sei que é hora de aceitar a noite... não é fácil... mas estou estranhamente calmo e tranquilo. "É muito difícil dizer adeus quando não há nada mais para se dizer"

O sol brilha. Eu não....

E a única coisa que você consegue pensar...




O relógio desperta e você faz questão de não se levantar. 40 minutos após você tem a certeza que já está atrasado para o seu trabalho. Desce as escadas correndo no frio, de cabelo molhado e ainda tomando o café da manhã. Corre atrás do ônibus e o motorista parti 2 segundos antes de você chegar. E o próximo, quando passa, vem lotado e mal te cabe.

E a única coisa que você consegue pensar é que ela não está ao seu lado.

Quando consegue chegar no serviço o patrão é o primeiro a te recepcionar. É dia de reunião e você não tem resultado nenhum para mostrar. Como se já não bastasse ainda lhe sobra xingos e encheção de saco.

E a única coisa que você consegue pensar é que ela não está ao seu lado.

Seu pai vive preocupado com o quanto anda o seu salário. O que é um tanto estranho, afinal, ele já tem um pequeno reino que poderá te financiar pelo resto da vida. Mas mesmo assim você fingi estar tudo ok. Ja está cansado de sermão sobre a vida e como dinheiro é um mal necessário.

E a única coisa que você consegue pensar é que ela não está do seu lado.

Quando chega em casa você pensa em preparar a janta e ver um seriado. Mas está tudo sem graça e você nem sabe direito o que está fazendo. Fica o tempo todo se lembrando de como era rir com ela, bagunçar com ela, jantar as luz da vela com ela e dançar tango com ela... e quando se da conta seu jantar ja está queimado.

E a única coisa que você consegue pensar é que ela não está do seu lado.

Sandi






SANDI SENTE O SOM
E SEGUE PRA AVALON
MOVENDO O CÉU E ESTRELAS AO SEU LADO
COM O CORAÇÃO APERTADO ACELERADO


SANDI QUER SAIR
NÃO SABE O QUE VESTIR
ENQUANTO DANÇA UNICÓRNIOS SE ENCANTAM
RUÍNAS TREMEM E FLORESTAS SE LEVANTAM


SANDI VOA ALTO
MUITO ALÉM DO ASFALTO
CONVERSA COM O SOL, COM O VENTO E ANIMAIS
DESPERTA MAGIA DE ANTIGOS ANCESTRAIS


SANDI QUER GRITAR
NÃO SABE O QUE FALAR
A SOMBRA DO MAL A ESPREITA A TODA HORA
FECHA OS OLHOS E O MEDO VAI EMBORA


QUANDO OS PRÉDIOS CHEGAM
E A MATA RANGE DE DOR
SANDI CHORA, MOLHA A TERRA
E NO CONCRETO NASCE UMA FLOR
VERMELHO ANIL, SANGUE, ESPINHO E AMOR


SANDI TEM UM SEGREDO
QUE PODE UM DIA ESCAPAR
SENTE NO PEITO O SEU MAIOR MEDO
DE ALGUEM PODER MAGOAR
MAS NEM SEMPRE SE PODE GANHAR


QUANDO A NOITE LHE APANHA
SANDI JÁ SE DECIDIU
PROTEGER A QUEM AMA
CHORAR POR QUEM PARTIU


QUANDO A NOITE LHE ALCANÇA
FADAS VEM EM SUA MÃO
SANDI SENTE A ESPERANÇA
LHE ENCHER O CORAÇÃO


QUANDO A NOITE LHE APANHA
SANDI JÁ SE DECIDIU
PROTEGER A QUEM AMA
CHORAR POR QUEM PARTIU


QUANDO A NOITE LHE CHAMA
SANDI OLHA PARA O CÉU
POIS AQUELE A QUEM AMA
TAMBÉM OLHA O MESMO VÉU


QUANDO A NOITE LHE APANHA
SANDI JÁ SE DECIDIU
PROTEGER A QUEM AMA
CHORAR POR QUEM PARTIU


(MÚSICA E LETRA: RONAN) DE CORAÇÃO PARTIDO PARA CORAÇÃO APERTADO



quarta-feira, 4 de julho de 2012

quando o sol se põe...




O sol se esconde... eu sinto frio
O sentindo se esvai... restou uma oração
Daqui eu não consigo tocar as estrelas...
Daqui eu sou apenas alguém a sonhar

Ela sorri... e isto é tudo que lhe desejo
Ela sabe... e mesmo assim escrevo
Será que um dia ela volta?
Há uma caixa de surpresa ou de pandora?

pessoas se juntam em mesas de bar.
marcas de batom em espelhos
meus olhos choram e eu abro um sorriso
o sol de amanha poderá ser um novo motivo

Agora  é tarde... numa historia sem fim
o eterno retorno... frustração carmim 
desculpas se jogam ao ar...
mas eu não tenho ninguém para culpar

quando o sol se põe... meu mundo fica mais frio...

terça-feira, 3 de julho de 2012

história para boi dormir...




"quem quiser remar contra a maré tem que remar muito mais forte..." - Humberto Gessinger


23 de junho de 1979.... esta foi a data que nasci. Se alguém hoje vier me contar que o parto foi difícil e risco eu nem duvido... porquê??? Porque parece que minha sina é sempre remar contra a maré... Ir na contra-mão da comum história....

Pra começar, diferente da grande maioria, eu aprendi a ler entre 5 e 6 anos. Foi nesta idade que tive minhas primeiras historias em quadrinhos e traçava ali minhas primeiras coleções e traços de personalidade. Foi desde cedo que aprendi a conviver com idealismos heroicos e desafios impossíveis.

No primeiro ano escolar, após ter me mudado de Divinópolis para cá, os professores não acreditavam que eu era capaz de ler.... então simplesmente tive que ler na frente deles. Ler os meus quadrinhos e alguns livros que eles escolheram. Justamente neste dia me mudaram de sala para uma mais "adequada".

Quando tinha meus 12 anos ja era um leitor e colecionador nato.... milhares de revistas infanto juvenil ja faziam parte dos meus conceitos. O ideal de herói, e a compreensão humanista sobre o mundo ja começava a dar sinais em meu dia-a-dia. Apesar de ter uma família com boa renda financeira, eu estranhamente sempre tive ligado a pessoas mais carente financeiramente. Aos 12 anos, mesmo tendo os mais tecnológicos brinquedos em casa, ainda saia para jogar "pelada" na rua ou andar de "baratinha". Estranhamente pessoas se organizavam ao redor de mim e ali todos se sentiam iguais.


Em minha adolescência comecei a vivenciar meus primeiros amores. Mas nada que fosse duradouro ou marcante. Na verdade, mesmo naquela época, achava o modo que as pessoas se jogavam umas as outras muito estranho... e nunca me adaptei bem a esta ideia de se ter contato físico sem se ter um grande contato emocional. Sim... sou careta. Gosto de gostar mais do que simplesmente ter tesão.

Foi nesta época, entre meus 15/16 anos que tive uma das minhas primeiras grandes desilusão amorosa. Após quase um ano de uma grande amizade com uma guria... eu decidi revelar pra ela que eu não sabia mais se era amizade ou se era alguma coisa mais. Infelizmente ela não tinha esta dúvida... e de quebra acabei perdendo até mesmo a grande amizade nós reduzindo a simples colegas/conhecidos.

Aos 17 anos, motivados por Engenheiros do Hawaii e Nirvana, eu decidi a aprender a tocar guitarra e deixar meu cabelo crescer. Um toque de rebeldia corria em minha veia. Religião Católica já não me fazia nenhum sentido. Deus me parecia cruel, injusto ou troll demais para ser adorado. Acabei, num esforço meu e do Anderson, montando o "ETC..." minha primeira banda. Éramos a banda mais pobre do meio do rock de Pará de Minas, ensaiávamos sob o teto de uma marcenaria antiga. Cheio de poeira e madeira para tudo em quanto é lado. Mas, se tinhamos uma coisa que ninguém poderia negar, era coração... e logo nos tornávamos uma das banda referencia de rock da cidade. O público cresceu em nosso redor...

Aos 18 anos meu pai quis me dar um carro. Eu recusei. Queria era uma guitarra.

Ainda nesta idade, conheci Janis (sim de Janis Joplin) que tinha 20... e após algumas longas noite de risos e gargalhadas a gente acabou trocando nosso primeiro beijo... em conseqüência acabamos virando namorados. Não tardaria muito e eu teria minha primeira transa... em meio a guitarras e baterias e rock' n' roll. Mas, infelizmente, não foi um bom romance. Talvez pela nossa imaturidade... mas o que me lembro era que ela era muito autoritária... a ponto de ficar dando ordens e tal. E acabei por terminar este namoro.

Aos 19 anos eu estava entrando para faculdade de Química em Itauna. No geral é um local cheio de playboys e patricinhas.... mas lá no fundo... realmente tem algumas POUCAS pessoas que valem a pena. Nesta época eu também comecei a visitar comunidades espiritas... eu ainda queria acreditar em algo... e o espiritismo me parecia muito mais racional do que o resto. Na faculdade eu acabei conhecendo um outro grande amor.... e desta vez ela vinha 18 anos mais velha do que eu (sim... isto mesmo).

Este relacionamento nunca foi anunciado ou mesmo revelado... as pessoas simplesmente mal sabem que ele aconteceu. Mas aconteceu. E foi lindo desde o seu início até o seu fim. Um dia... toda a situação ficou mesmo insustentável... e acabamos decidindo terminar. Não houve raiva ou rancor... apenas a falta de um alento... e cada um seguiu sua vida adiante.

Nesta mesma época eu comecei entender melhor ciência... e comecei a perceber toda a BALELA que é o espiritismo e seu pseudo conceitos científico. Larguei de vez o espiritismo e comecei a ter uma ideia meio deísta de deus.

Aos meus 22 anos comecei a trabalhar como Professor na E. E. Professor Wilson. O bairro em si é bem carente... a cultura do local era totalmente diferente do meio que eu estava acostumado a viver... achei estranho no início... os vícios de linguagem, as musicas e etc... mas uma coisa que eu não posso negar é que toda a escola me acolheu muito bem. Tão bem que até hoje é a única escola que eu sempre decidir ficar e continuar. Quero abrir um destaque para Maurício e Daniel, outros dois professores que se tornaram verdadeiros amigos.

Entre os meus 23/24 anos tive contato com Nietzsche e me percebi mais como ateista do que qualquer outra coisa... na verdade ter tido esta noção me assustou bastante no início. Mas superei. Eu estava mais cético e descrente do que nunca

Aos 27 anos eu tive uma turma maravilhosa em torneiros. Esta turma eu deixei que cortassem meu cabelo... e mesmo sentindo falta as vezes do cabelo comprido... eu não me arrependo. Se esta turma entrasse novamente em minha vida eu repetiria tudo de novo.

Em 2009, ja com os meus 29 anos, eu me esbarrei com "Amélie"... e vivi, de forma velada e nunca totalmente concretizada, um dos momento mágicos de minha vida. O universo parecia ter sentido... eu estava inspiradíssimo e, de certa forma, parecia que eu poderia conversar diretamente com as estrelas... Acho que foi a única vez em que realmente eu entendi a magia que poderia vir do amor. Foi dela que eu ouvi o mais lindo "eu te amo" que ja recebi... porém... nem ela e nem eu nunca pudemos consumar o que sentiamos um pelo outro. Havia outras pessoas na história.... e alguém teria que chorar. Adivinha quem.... eu. Claro. Porque a corda sempre arrebenta no lado mais forte. Mas, imagino eu, que isto foi tão dura pra ela quanto pra mim. Hoje, quando penso no que poderiamos ter sido... ainda acho que saimos perdendo... mas não tenho rancor, raiva ou tristeza. Gosto muito dela e torço sempre pelo seu sucesso.

Atualmente eu tenho pessoas ótimas ao meu redor... mas ninguém para realmente dizer que amo... apenas um sonho que as vezes parece distante de encontrar um sol em junho.... mas ninguém sabe se ele realmente virá...

enquanto isto... a solidão serena da noite continua... e todo amor do meu peito eu continuo a guardar. Mas é tão grande o que sinto em meu peito que chega a transbordar neste blog sob forma de cartas, musicas e tudo mais que seja capaz de fazer você voltar.

Meu sol de junho... xD

segunda-feira, 2 de julho de 2012

esqueci no piano...




Tudo está tão frio e monótono.... minha cabeça dói... uma estranha sensação de que algo está acontecendo.... mas não sei o quê. Sinto-me triste e desamparado... vontade de gritar... mas o máximo que consigo... é deixar as lagrimas escorrerem...



Hoje... "eu esqueci no piano as bobagens de amor que eu queria dizer..."

Eu sei...




As pessoas acordam cedo e ocupam seus lugares no tabuleiro
A subexistencia toma lugar na sociedade
Eu vejo além do paraíso prometido
e eu sei exatamente como lhe roubar um sorriso meu sol de junho.

O calor é tanto que derrete meu tênis
há um cheiro de gasolina pelo asfalto
Eu vejo além do concreto e abstrato
e eu sei exatamente como dar sentindo ao seu mundo meu sol de junho


Luzes e cores não escodem o lixo das ruas
Batons e maquiagens nos torna um pouco mais artificiais
Eu vejo além do status social
e eu sei exatamente como elogia-la meu sol de junho

As pessoas disputam felicidade em rede sociais virtuais
levantam uma falsa ilusão de auto importância
Eu vejo além do medo do fim
e eu sei exatamente como lhe fazer brilhar meu sol de junho

Transformaram fraqueza em virtude
transformaram moral em condicionamento
Eu vejo além do que sonhamos ser
e eu sei exatamente como lhe libertar meu sol de junho

Na falta de magia, a maioria ama por conveniência e sexo
Na falta de segurança a maioria tem amor como posse
Eu vejo além do bem, do mal e da carne
e eu sei exatamente como lhe amar meu sol de junho

domingo, 1 de julho de 2012

- deixe acontecer




Após um dia difícil, Dr. Robert ainda acordava para o mais um dia. Vestia seu uniforme e partia para o serviço. Apesar de anos de casamento, ele sentia um imenso peso da solidão. Não entendia o porque mantinha a aparência de que estava tudo bem, mas nunca conseguiu reunir coragem para dizer a verdade de seu coração. Ao sair na rua ele foi ofuscado pelo imenso brilho do sol de junho que lhe dizia: - deixe acontecer.


Eleonor nunca saia de casa. Desde muito tempo, após uma decepção amorosa, ela decidiu que só se relacionaria se tivesse a certeza que fosse a pessoa certa.... então, de forma invisível, ela criou uma barreira tão grande que ninguém conseguiu entrar... e nem ela sair. Um dia ela resolve olhar pela janela. E lá estava o sol de junho lhe dizendo: - deixe acontecer.


Para não sentir o peso do amor e as consequências, Michelle decidiu tratar a todos os relacionamentos como peças descartáveis. Assim ela colecionou muito sexo, bebidas, risos mas acordava dia após dia sozinha. Ela sempre achou que encontraria a solução para sua solidão assim que chegasse a noite. Porém, o que ela não percebia, é que sua solidão era matutina. Um dia, após uma baita ressaca, ela acordou com o sol de junho em seu rosto... e ele dizia: - deixe acontecer.

Daniel vivia anos em um relacionamento estável. Havia compreensão, havia carinho e muito respeito. Assim, ambos trabalhavam, saiam e voltavam pra casa dia após dia. Sentiam-se felizes... mas ele não sentia a magia. Um dia, sem querer, Daniel esbarra em uma guria que derruba sorvete em sua roupa. Em meio a confusão eles acabam trocando os celulares e para destrocarem começam a mandar mensagens um para o outro. No início parecia ser algo comum e inofensivo... mas o amor sempre é violento. Inunda o coração das pessoas sem pedir permissão.... e assim eles começaram a perceber que não poderia mais se afastar ou mesmo deixar de mandar simples mensagens de celular. Daniel tentou se afastar da guria... anos passaram... mas ele nunca a esqueceu. Ele nunca quis magoar os sentimentos de alguém mas já não sabia onde o sentido de seu mundo se encontrava. Um dia, ao acordar antes do relógio despertar, ele se deu conta que o sol de junho brilhava... e dizia: - deixe acontecer.

Lucy não tinha tempo para deuses, dinheiro ou sistema, mas acreditava demais em cada ser humano, em sua ciência e na conexão com a natureza. Nunca procurou uma recompensa, mas sempre gostava de praticar o bem. Passava noites escrevendo para amores secretos e o dia transformando seu sentimento em música. Acreditava na inocência e nunca ligou muito para etiqueta. Lucy viveu intensos amores, porém, nunca pelo tempo eterno que ela gostaria. Ela se orgulha de todos aqueles que passaram por sua vida, mas no final sempre a deixaram sozinha. Ela não os culpa. O amor está além do bem e do mal. Algumas vezes sentiu que a solidão seria sua única companhia, mas um dia, após uma tempestade de lágrimas, o sol de junho reapareceria e dizia: - deixe acontecer.



- deixe acontecer.